25 de novembro, Manaus (AM)
Proteja o futuro: desafios e soluções para a redução de crimes ambientais
Na sexta edição, o PROTEJA Talks discutirá este ano um caminho para encontrar as respostas das ameaças ambientais que acometem a Amazônia.
Em evento presencial, no Bosque da Ciência, a partir das 8h30 do dia 25 de novembro, pesquisadores, lideranças indígenas e de povos tradicionais, procuradores da Justiça e integrantes da sociedade civil discutirão sobre as maneiras de medir, restaurar e prevenir os danos ambientais causados por crimes contra a floresta amazônica.
O evento contará com tradução de Libras (Língua Brasileira de Sinais).
Programação
Horários (fuso horário de Manaus) | Atividade |
8:30 | Credenciamento e café de boas vindas Dança cultural Ní Sarí, apresentada pela AMARN (Associação de Mulheres Indígenas do Alto Rio Negro) |
09:30 | Abertura Oficial Carol Guyot Patirícia Pinho Henrique dos Santos Pereira Vanessa Apurinã Rafael Rocha |
10:30 | Painel – Territórios Protegidos: Crimes Ambientais, Danos e Resiliência Climática Patirícia Pinho Andre Baniwa Daniela Madeira Julio Barbosa Vinícius Lameira |
12:00 | Almoço Exposição Fotográfica “Eu e meu Território”, apresentaada pela comunicadora Angleice Dias Feira de artesanato com peças autorais de mulheres da AMARN (Associação de Mulheres Indígenas do Alto Rio Negro) |
13:30 | Painel – Crimes ambientais: Destinação de Florestas Públicas e Monitoramento Territorial Rebecca Maranhão Vanessa Apurinã Rafael Rocha Antonio de Carvalho Jarlene Gomes |
15:00 | Painel – Cultura e Conhecimento para Proteção da Amazônia Edjane Rodrigues Carlos Augusto da Silva (Tijolo) Filippo Stampanoni |
16:30 às 18 horas | Exibição do documentário “Manaus Extrema” Papo de apresentação com: Bibiana Alcântara Garrido Carlos Eduardo Rodrigues |
A exibição do documentário só será feita no evento presencial*
Conheça os palestrantes
Do clã Meetymanety do povo Pupykary (Apurinã), trabalha como Gerente de Monitoramento Territorial Indígena da COIAB (Coordenação de Organizações Indígenas na Amazônia Brasileira). É formada em Gestão Ambiental Sustentável na Amazônia pela Universidad Rey Juan Carlos da Espanha. Trabalha no movimento indígena, comprometida em proteger as terras indígenas e gerenciar os recursos naturais de forma responsável.
Maypati Apurinã
É liderança indígena do povo Baniwa desde 1992, empreendedor social reconhecido desde ano de 2021, escritor, agrozootecnista, gestor ambiental e mestrando em sustentabilidade profissional junto a povos e territórios tradicionais na UNB. Tem experiência na gestão pública como Vice-Prefeito de São Gabriel da Cachoeira, Assistente Técnico da FUNAI Regional do Rio Negro, no Ministério dos Povos Indígenas, e atualmente presta assessoria na SESAI – Secretaria de Saúde Indígena - MS.
Andre Baniwa
Diretor geral do MUSA (Museu da Amazônia), em Manaus (AM). Doutor em Arqueologia pelo Programa de Pós Graduação do MAE/USP (Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo).
Filippo Stampanoni
Especialista no Combate ao Tráfico de Vida Silvestre na WCS Brasil, é doutor em Ciências, com foco em Genética Evolutiva e Biologia Molecular, pela Universidade Federal de São Carlos - SP, tendo realizado estágio sanduíche nos Estados Unidos na The City University of New York, The City College. Sua linha de pesquisa abrange o monitoramento de mercados que operam com vendas ilegais da biodiversidade brasileira e a análise da exploração da biodiversidade para entretenimento online. Suas principais áreas de atuação incluem: 1. Crimes contra a Vida Silvestre, 2. Comércio Ilegal da Vida Silvestre, 3. Criminologia da Conservação, 4. Impactos Imediatos à Biodiversidade, 5. Lucratividade da Crueldade com Animais em Ambientes Virtuais, 6. Exploração da Biodiversidade para Entretenimento Online e 7. Monitoramento de Marketing Digital em Conteúdos Abusivos.
Antonio Freire
Diretora Adjunta de Pesquisa do IPAM, bióloga com doutorado em Ecologia Humana pela Universidade da Califórnia Davis e pós-doutorada na Universidade de Michigan e INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Pesquisa as percepções locais das alterações dos serviços ecossistêmicos, biodiversidade e bem estar humano no contexto de exposição e vulnerabilidades aos riscos das mudanças climáticas.
Patricia Pinho
Professora e comunicadora extrativista pertencente à RDS (Reserva de Desenvolvimento Sustentável) Igapó Açú, gestora escolar e integrante da Remaf (Rede de Mulheres da Água e Floresta).
Angleice Dias
Pioneiro no resgate de urnas funerárias indígenas no Amazonas, doutor em Sociedade e Cultura na Amazônia, professor colaborador da UFAM (Universidade Federal do Amazonas).
Carlos Augusto da Silva
Juíza Federal do Tribunal Regional Federal, Doutora em Direito pela Universidad Complutense de Madrid. Coordenadora do Liods (Laboratório de Inovação, Inteligência e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável).
Daniela Madeira
Promotor de Justiça no Rio de Janeiro, subcoordenador de formação do projeto ABRAMPA pelo Clima. Mestre em Direito Público e Internacional (ênfase em meio ambiente) pela Universidade de Melbourne, Austrália. Professor de Direito Ambiental da Escola de Governo do MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro). Integrante do Grupo de Trabalho de Saneamento, Segurança Hídrica, Desastres Socioambientais e Mudanças Climáticas do MPRJ.
Vinicius Lameira
Um líder de destaque nas causas ambientais e nos direitos das populações extrativistas da Amazônia. Pertencente a Reserva Extrativista (Resex) Chico Mendes desde 1968, ele aprendeu desde cedo a viver da floresta e a desenvolver as práticas do extrativismo. Atualmente, está no segundo mandato consecutivo como presidente do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), liderando a organização desde 2019, com mandato que vai até 2027. Sua atuação sindical é extensa e marcante: foi diretor do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Xapuri (STRX), onde assumiu a presidência após o trágico assassinato do líder Chico Mendes. Além disso, Júlio é uma figura central na história das lutas socioambientais na Amazônia. Ele já presidiu o CNS anteriormente, entre 1984 e 1992, e participou da fundação do Grupo de Trabalho Amazônico (CTA), onde atuou de 1992 a 1994. Em 1997, assumiu a gestão pública como prefeito de Xapuri, cargo que ocupou até 2004. Ao longo de sua trajetória, Júlio Barbosa de Aquino contribuiu para a criação de Reservas Extrativistas e Projetos de Assentamento Agroextrativista na Amazônia, medidas que ajudaram a proteger milhares de hectares de terras e garantir que elas permanecessem nas mãos das populações tradicionais, fortalecendo o modo de vida sustentável e a proteção do bioma amazônico.
Júlio Barbosa de Aquino
Natural de Manaus, é graduado em Agronomia, com mestrado em Ecologia pelo INPA e doutorado em Ecologia pela The Pennsylvania State University. Atualmente, é diretor do INPA (2023-2027), professor titular da Ufam e ex-superintendente do IBAMA-AM (2003-2009). Ocupa cargos como membro da Academia Brasileira de Ciências Agronômicas (ABCA), coordenador de ecologia do Instituto Acariquara, e Diretor Nacional do Centro Franco-Brasileiro da Biodiversidade Amazônica. Sua experiência inclui gestão ambiental, manejo de recursos naturais, áreas protegidas, agricultura familiar e comunidades tradicionais.
Henrique Dos Santos Pereira
Advogada, extencionista social, educadora popular e pesquisadora do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia – IPAM, vem ao longo dos últimos 28 anos atuando nas questões ambientais, fundiárias e organizações sociais e produtivas na Amazônia.
Alcilene Cardoso
Pesquisadora do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia e Coordenadora Executiva da Iniciativa Proteja. Coordena e desenvolve pesquisas sobre desmatamento, fogo, áreas protegidas e comunidades tradicionais
Carolina Guyot
Procurador da República no Amazonas e coordenador do GT Amazônia Legal. Graduado e Mestre em Direito pela UERJ. Atualmente, no Ministerio Público Federal, exerce também as funções de procurador-chefe e procurador regional eleitoral.
Rafael da Silva Rocha
O que é o PROTEJA Talks?
Levar para mais longe experiências inspiradoras na preservação de áreas protegidas: essa é a missão do PROTEJA Talks. Com um formato inovador, no qual os palestrantes narram suas histórias diretamente para o público, o palco do Talks já reuniu 68 palestrantes de mais de 9 estados, 11 povos indígenas e oito comunidades tradicionais.
Tendo sua primeira edição em 2019, o evento já passou por Brasília, Manaus e Belém e todas suas edições podem ser assistidas online.
Organização
5ª edição (2023) – Rumo à COP30, por áreas protegidas livres de ameaças
Realizada presencialmente em Belém (PA), contou com a contribuição de 17 palestrantes que refletiram sobre a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP) e as maneiras de prevenir e combater ameaças às áreas protegidas.
4ª edição (2022) – Território e resistência
Apresentou dez histórias de povos indígenas e comunidades tradicionais da Amazônia, mostrando seus esforços para monitoramento territorial, social e econômico, em Manaus (AM).
3ª edição (2021) – Juventude pela Justiça Climática
Totalmente online, a edição reverberou as vozes de cinco jovens lideranças que atuam no combate à crise climática, seja incidindo em Conferências Internacionais do Clima, combatendo o fogo em áreas de preservação, ou contribuindo com organizações de comunidades quilombolas.
2ª edição (2020) – PROTEJA Talks + Um dia no Parque
Ao juntar forças com a iniciativa que incentiva a ida a unidades de conservação, esta edição trouxe uma série de debates, conduzidos pela atriz Maria Paula, sobre legislação, economia, saúde e emergência climática: todos relacionados a unidades de conservação.
1ª edição (2019) – Lançamento Portal PROTEJA
O compartilhamento de 15 histórias de vidas dedicadas a proteger florestas e apoiar quem vive nela foi ponto central do primeiro PROTEJA Talks. Foi também durante o evento que o Portal PROTEJA foi apresentado ao mundo pela primeira vez.
Assista
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